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Comunidade solidária de Contenda quer expandir atividades

Terceiro plano
Líderes da comunidade visitaram o secretário de Estado da Agricultura na semana passada. Foto: AEN.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, recebeu na última terça-feira (21) os líderes da Comunidade do Terceiro Plano (foto), empreendimento rural que reúne 17 famílias em vivência solidária no município de Contenda. Eles pediram o apoio do Governo do Paraná para expandir as atividades solidárias na região Noroeste do Estado.

A comunidade, integrada por 44 pessoas, produz alimentos agroecológicos certificados e é reconhecida vivência solidária. Ela recebe visita de agricultores familiares de vários Estados do País. Foi formada há 23 anos por famílias que venderam seus bens individuais para viver de forma coletiva na área com cerca de 50 hectares, onde desenvolveram capacidade de organização e de desenvolvimento rural sustentável.

Os líderes da comunidade, Edson Nunes Campos e Luciane Pereira dos Santos Piovezan, apresentaram as linhas de atuação do trabalho, como formas de cultivo, processamento e distribuição dos produtos. Eles pediram o apoio do Estado para se instalarem na região Noroeste para acolher os filhos dos agricultores, cujas famílias estão crescendo. A comunidade pede apoio para comprar uma área em torno de 480 hectares para desenvolvimento de atividades agrícolas e manifesta seu compromisso em manter o cuidado com a qualidade da água e do solo.

O secretário se comprometeu em procurar uma solução para ver se tem alguma área de domínio público na região pretendida, onde pode ser desenvolvido o projeto da comunidade.

Terceiro plano (4)

Foto: divulgação/Comunidade Terceiro Plano.

A Comunidade Terceiro Plano iniciou suas atividades em 1992, com seis famílias de agricultores em Contenda. Um estudo feito pelo programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná demonstrou que inicialmente os membros tinham renda per capta de R$ 100,00. Em 2012, com mais famílias, a renda per capta evoluiu para R$ 583,00, considerando apenas a renda monetária. Considerando a qualidade de vida e bem estar alcançada por essas famílias, o estudo apresenta que essa renda atualmente já é superior a R$ 2.500,00.

As famílias praticam uma agricultura e produção animal agroecológica, certificada, e fornecem ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal. Vários estudiosos e pesquisadores atestam a responsabilidade com que conduzem a atividade agrícola e a forma coletiva de empreendimento.

Também repassam esses conceitos desde cedo às crianças, onde os aspectos econômicos são garantidos pela prática do comércio justo e solidário. Todos os bens existentes são de uso coletivo, assim como a prática das refeições e a repartição igualitária do trabalho.

Ao longo dos anos foram criados setores de geração de renda. Um grupo de mulheres, por exemplo, administra o processamento da produção de hortifrutis em conservas e de confeitaria, enquanto jovens e adultos são responsáveis pela fabricação de móveis, artefatos de concreto e serviços gráficos. Floricultura, apiário, fitoterápicos, leiteria, confecção de roupas ainda representam algumas das atividades complementares do grupo, que são desenvolvidas com o intuito único de suprir o consumo interno.

Fonte: AEN

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Sobre Alexsandro

Idealizador e Jornalista responsável pelo Jornal MARCA.
MTB 9936/PR.

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