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Corpo de idosa encontrada morta na área rural de Contenda há quase dois meses ainda aguarda liberação no IML

Foto: divulgação

 

O corpo de Emília Javorski, moradora de Contenda, que foi encontrada morta em sua casa, por um agricultor que arrendava uma de suas propriedades, ainda aguarda a liberação no Instituto Médico Legal. A propriedade onde a idosa morava está localizada na Avenida Eleutério de Souza Padilha, na área rural de Contenda, na divisa com Araucária (foto).

 

Emília foi encontrada morta no último dia 7 de maio, conforme consta em boletim de ocorrência confeccionado pela Delegacia da Lapa. Mas por que seu corpo já está há 52 dias no IML, aguardando liberação? É que este, que teria tudo para ser um caso corriqueiro, de uma pessoa que vivia sozinha e foi encontrada morta dias depois, é uma história curiosa e cheia de incertezas.

 

Foto: divulgação

A começar pela confirmação da identidade de Emília, que só será oficializada após sair o laudo do exame de DNA. Segundo consta no boletim de ocorrência, seu corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, inclusive com partes arrancadas, supostamente por algum animal, o que dificultou a identificação. A idosa também vivia completamente isolada e quase não tinha contato com ninguém, ocasionalmente um parente distante passava para saber notícias, e isso pode explicar a demora em encontrá-la morta. Ela também não tem parentes diretos, ou pelo menos ninguém se apresentou como tal até este momento, para facilitar a identificação do corpo no IML.

 

“É um caso complicado, o exame de DNA está sendo feito através de objetos que foram encontrados na residência, como escova de cabelo e outros, para comprovar primeiramente que o cadáver encontrado é mesmo o da Emília. O resultado ainda não foi concluso e deverá demorar mais algumas semanas”, explica o advogado que defende oito primos de Emília. Ela não deixou pais, filhos e nem irmãos.

 

Outro fato que chama a atenção é que inicialmente o caso está sendo tratado pela polícia como morte provocada por causa natural, sendo assim, não foi instaurado inquérito.

 

Também curioso o fato de Emília viver completamente sozinha e isolada. Ao que se sabe, ela tinha várias propriedades, algumas que arrendava, além de outros bens materiais, entre eles um carro antigo. Segundo informações não confirmadas, ao tomar conhecimento da morte da idosa, parentes de segundo grau teriam ido até a residência pegar alguns desses bens, alegando que ficariam de posse dos mesmos para evitar que fossem roubados, até uma possível divisão de herança. “É tudo muito confuso ainda, porem se houver parentes mais próximos da Emília, estes deveriam se manifestar para ajudar na identificação e liberação do corpo no IML, até mesmo para uma possível partilha de bens”, explica o advogado.

 

O que diz o boletim de ocorrência

 

Por volta das 10h50 do dia 7 de maio de 2024, um morador de Contenda procurou a sede da Polícia Militar de Contenda, relatando que tinha ido até a casa da senhora Emília Javorski (nome repassado por ele), porque ela era dona do terreno que ele alugava para plantio, e quando chegou, sentiu um odor forte de podridão. Ao tentar descobrir do que se tratava, se deparou com um suposto crânio na calçada, e assustado, decidiu avisar a polícia.

 

Uma equipe se deslocou até o endereço, e chegando na residência, sentiu o mesmo odor de podridão, confirmando em seguida a existência de um suposto crânio na sacada externa. Ao entrar na casa, os policiais encontraram um corpo em estado de decomposição, não sendo possível realizar a identificação. A Polícia Civil e a Polícia Científica foram acionadas para os procedimentos necessários.

 

Reportagem: Jornal O Popular do Paraná

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Sobre Alexsandro

Idealizador e editor do Jornal MARCA. MTB 9936/PR.

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