Alexsandro Wojcik
O morango costuma agradar a quase todas as pessoas e, por isso, a pequena fruta de sabor ácido e adocicado tem mercado garantido. Engana-se, porém, quem acha que a produção de um dos principais ingredientes para sobremesas é fácil. Em Contenda, na localidade rural de Mato Dentro, a família Durau produz morango há sete anos e conta um pouco sobre o funcionamento da produção.
No Sítio Alvorada, trabalham Tadeu, a esposa Leonilda e a filha Bruna Durau. “Nós produzimos morangos semi hidropônicos. Nesse sistema os morangos não são plantados no chão, são plantados em bancadas e cultivados dentro de estufas.”, conta Tadeu. “A diferença desse sistema para o sistema convencional é que a colheita é facilitada já que as bancadas ficam a 70 cm de altura, e o morango pode ser colhido em dias chuvosos, pois a estufa protege.”, explica sua esposa.
Outra vantagem da produção em estufas é que se tem um controle maior sobre a nutrição das plantas. “São feitas fertirrigações diárias para aumento da produtividade.”, diz Bruna, que contribui para a agricultura familiar. No sítio, que tem cerca de 13.500 pés de morango em estufas e mais 10.000 pés em sistema convencional de plantio, a colheita é realizada três vezes por semana e, depois de classificados, os morangos são embalados e seguem para comercialização no Ceasa.
Morango é sinônimo de agricultura familiar na chácara dos Durau.
“A nossa produção é das variedades Albion, Sanandreas e Monterey, divididas em três estufas. A produção média é de 600 caixas por semana.”, completa Tadeu, que afirma que o morango é uma excelente fonte de renda para agricultores com pequenas propriedades como a dele, pois não necessita de grandes áreas para o plantio e dá um retorno significativo, apensar do alto custo de implantação do sistema em estufa.
E se a sucessão rural é uma preocupação na atualidade, pelo menos no sítio dos Durau isso não deve ser um problema. “O grande problema da produção de morango é a falta de pessoas especializadas para dar orientações sobre o cultivo. Pretendo me especializar nisso para ajudar outros produtores do município e para continuar produzindo”, afirma Bruna, que é técnica em Agropecuária e estudante de agronomia na UFPR.
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