Antônio Marcos, sua esposa e filha. Foto: Guilherme Pinheiro/Cohapar.
Depois de ser sentenciado a cumprir uma pena de oito anos por tráfico de drogas na Lapa, o pedreiro Antônio Marcos dos Santos, de 33 anos, reconstruiu a vida a partir da conquista da casa própria. Ele, sua esposa Martha e o filho Willian foram uma das famílias beneficiadas com a construção do Residencial Dib Manne, com 92 casas populares, entregue no município, em 2012.
Para Antônio Marcos, o momento foi ainda mais importante. Para reduzir sua pena, ele trabalhou em diversas obras públicas enquanto estava preso. Entre elas, teve a oportunidade de participar da construção de seu então futuro lar. A utilização de mão de obra carcerária foi fruto de uma parceria do poder público no projeto, viabilizado através de uma parceria entre governos estadual, federal e municipal.
Três anos após receber as chaves da casa própria e já tendo cumprido toda a sua pena, Marcos se declara um novo homem. “Desde aquele dia a nossa vida só melhorou. É como se eu fosse uma pessoa totalmente diferente”, conta o pedreiro.
A residência simboliza a melhoria da qualidade de vida da família. Com o que conseguem economizar dos salários, Antônio e Martha, que trabalha como auxiliar de serviços gerais, estão aos poucos melhorando o lar. Eles já construíram um muro, uma lavanderia, pintaram o interior da casa e fizeram uma horta no terreno.
Marcos, no entanto, não pretende parar de investir, pois a família acaba de crescer com a chegada de uma nova integrante: a filha Maysa, de apenas dois meses. “Nós estamos tentando economizar pra ampliar um pouco mais agora, fazer mais um quarto pra Maysa”, explica.
Com a família crescendo, o pedreiro se mostra tranquilo com o futuro e credita a guinada na vida a dois fatores: a fé e a casa própria. “Em primeiro lugar é Deus, que me deu força pra evoluir como ser humano. Depois disso, ter uma casa própria e decente ajudou muito”, relata. “Mais que um patrimônio pros nossos filhos, a nossa casa é a nossa base para que nós possamos continuar construindo uma vida melhor e mais digna”, conclui Marcos.
Se hoje a situação é de otimismo para os moradores do Residencial Dib Manne, a história do projeto foi de dificuldades. Planejado para ser entregue em 2007, o empreendimento permaneceu paralisado até o início de 2011.
Naquela época, as obras encontravam-se com menos de 2% do cronograma concluído. Os investimentos estaduais somaram-se a recursos federais e municipais, totalizando mais de R$ 3 milhões para que as casas pudessem, finalmente, serem entregues às famílias da Lapa.
Da redação com Cohapar
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