Foto: Juliano Cunha.
Sem proposta para a data-base, os professores e funcionários da rede estadual de ensino decidiram, na tarde desta terça-feira (5), que irão permanecer em greve por tempo indeterminado. Em assembleia que reuniu cerca de dez mil pessoas na Vila Capanema, em Curitiba, a categoria decidiu manter a paralisação. Esta é a segunda greve da categoria em 2015. Entre os meses de fevereiro e março, foram 29 dias de paralisação. Uma nova reunião com o governo do estado deve acontecer apenas no próximo dia 12.
De acordo com um dos diretores da APP-Sindicato, Luiz Fernando, este é um momento importante para a categoria, principalmente pelos acontecimentos da última semana. “A categoria segue forte mesmo após toda a repressão. O governo não apresentou qualquer proposta de aplicação da data-base e já estamos na justiça para impedir que o projeto da Previdência seja exercido”, disse.
A APP-Sindicato também entrou com uma representação judicial pedindo a anulação da sessão da Assembleia Legislativa que aprovou o projeto que promove mudanças no regime próprio da ParanaPrevidência.
O calendário de aulas deve voltar a ser discutido entre Secretaria de Educação e sindicato apenas após o encerramento da paralisação.
Pela manhã, os professores realizaram uma manifestação pacífica em direção ao Centro Cívico, mesmo local onde um grande confronto com a Polícia Militar ocorreu na última semana. Segundo a APP, 20 mil pessoas se reuniram no entorno da Assembleia. Eles levaram bandeiras, flores, panos pretos e marcam no asfalto o próprio corpo em protesto contra o confronto com a PM no último dia 29, que deixou 213 feridos.
Fonte: Banda B