Um protesto de comerciantes que compram frutas e verduras da Central de Abastecimento do Paraná, Ceasa, promove um confronto com a polícia desde às 5 horas desta segunda-feira (14), em Curitiba. A Tropa de Choque foi acionada e utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes, que revidaram utilizando pedras e ateando fogo em vários setores dos armazéns. O protesto é contra a abertura da Ceasa às 5 horas, o que é considerado muito tarde pelos comerciantes, que pedem a volta da abertura às 4 horas. O trânsito na BR-116 nos dois sentidos permaneceu totalmente interditado desde as primeiras horas da manhã, sendo liberado parcialmente os dois sentidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O protesto é feito por pequenos comerciantes que consideram tarde a abertura da Ceasa às 5 horas. Até o dia 4 de janeiro, a Central funcionava desde as 4 horas. “Não temos como trabalhar neste horário. É muito tarde. Tenho que abrir meu comércio tarde todos os dias porque meu comércio é longe daqui. É um desrespeito”, diz um dos comerciantes, sem se identificar.
Outra reclamação dos comerciantes é com relação as multas da Linha Verde. “Meu caminhão está cheio de multa porque só posso trafegar até as 7 horas. Das 7 às 10 horas, qualquer caminhão que trafega na Linha Verde leva multa. Não dá tempo de abastecer e chegar no comércio antes das 7 horas, abrindo as 5 horas. Já perdi minha carteira de habilitação de tanta multa”, diz outro comerciante.
Um carro da Ceasa, ligada ao Governo do Paraná, foi incendiado (foto). A depredação atinge principalmente o Mercado dos Produtores. Não há registro de feridos até o momento.
Outro lado
De acordo com o chefe da Ceasa, Natalino Souza, houve um amplo movimento de discussão para a escolha do novo horário envolvendo permissionários e produtores rurais e foi adotado para trazer mais qualidade de vida aos usuários e trabalhadores. “Fizemos assembleias e houve uma aprovação de 87% para adotarmos o horário de abertura às 7 horas, mas ouvimos reivindicações de feirantes que pediram para abrir mais cedo pois as feiras começam as 7 horas. Entendemos e foi aprovada a abertura às 5 horas. Mas há um grupo menor de insatisfeitos que não aceita este novo horário e quer impor sua vontade sem o período de avaliação”, explicou à Banda B.
Segundo Souza, desde o dia 4 de janeiro, quando começou o novo horário, foi colocado que haveria um período de avaliação de 90 dias para novas adaptações, o que não está sendo respeitado. “Eles foram radicais e não esperaram o período de avaliação. Houve radicalização. Abrir às 4 horas significa que tem que abrir o box às 3h30 e isso a maioria não aceita. São poucos que querem abrir às 4 horas. Ainda assim na semana passada fizemos a proposta de fazer uma pesquisa para ouvir todos para saber quantos querem cada horário, mas estes comerciantes não aceitam porque entendem que são minoria. Mas não podemos privilegiar a minoria”, diz o chefe da Ceasa.
O representante disse que vai esperar que a Polícia tome conta da situação para poder avaliar que providências serão tomadas agora.
Fonte: Banda B
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