Foto: divulgação.
Prevista para este mês, a campanha nacional de vacinação contra a gripe será lançada neste ano apenas em 4 de maio, segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
De acordo com o ministro, o atraso ocorre devido à necessidade de incorporação de proteção contra um novo tipo de vírus, que hoje circula no hemisfério norte.
Ainda não há informações de quantas doses serão distribuídas às unidades de saúde e a meta de pessoas a serem vacinadas. Em 2014, foram distribuídas mais de 53 milhões de doses.
O público alvo da vacina abrange crianças de seis meses a cinco anos, idosos, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres com até 45 dias de pós-parto, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e população privada de liberdade, por serem mais vulneráveis a desenvolver a doença.
No ano passado, a meta do Ministério da Saúde era vacinar 80% do público alvo, que somava quase 50 milhões de pessoas. Na ocasião, a dose da vacina protegia contra três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).
Na rede privada, a disponibilização das doses de vacina contra a gripe, geralmente iniciadas a partir de março, também deverá atrasar neste ano, devendo ocorrer praticamente junto com a da rede pública, a partir da segunda quinzena de abril. Em vários laboratórios consultados a informação é de que houve atraso na entrega por parte da indústria. No Ministério da Saúde, embora ainda não haja uma definição sobre a data da campanha nacional de imunização, a informação é de que os detalhes estão na fase final. No ano passado, a campanha nacional teve início no dia 25 de abril.
Sem uma data definida, os laboratórios iniciaram o cadastramento dos interessados em comprar uma dose. Em apenas uma semana, o sistema de cadastro do Laboratório Fischmann Aisengart já contabilizava 220 inscritos. “A indústria não explicou o motivo do atraso. Não sabemos se o atraso ocorreu apenas com a entrega ou a fabricação”, diz Milton Zymberg, diretor do Laboratório.
Entre os empresários do setor, especula-se que, como a vacina é importada, o motivo do atraso é a alta do dólar. Como o mercado de câmbio passou por um período de grande instabilidade, é possível que a importação tenha sido postergada a espera de uma acomodação do mercado de câmbio.
Sobre o preço que a dose deverá ter, os laboratórios consultados acreditam que não deva ocorrer uma grande majoração, mesmo com a oscilação do dólar. No máximo deve haver a reposição da inflação. No ano passado, a dose da vacina custava entre R$ 60 e R$ 70.
Bem Paraná com agências
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