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Quadrilha que roubava cargas de soja e falsificava notas para comercializar o produto é investigada pela Polícia; empresa de Contenda acabou lesada

 

Alexsandro Wojcik com informações da Polícia Civil

A Polícia Civil está investigando uma quadrilha suspeita de roubar cargas de soja e falsificar notas fiscais e documentos para vender o produto para empresas da região de Curitiba. Na última Quinta-Feira (27), a Polícia deflagrou uma ação em uma empresa de Contenda, até então suspeita de receptar uma carga de soja roubada no último dia 25 de setembro, em São José dos Pinhais. Trata-se da Agro Vieira, que compra e vende soja e é bastante conhecida na região por sua atuação no ramo.

No estabelecimento, os policiais indagaram o proprietário, André Vieira, que, no entanto, alegou de imediato que as mercadorias foram compradas de um homem que se passou por produtor rural, tendo inclusive apresentado aos Policiais as notas fiscais relativas à compra da carga em questão. O dono da empresa, que possui silos apropriados para acondicionamento de soja, informou à Polícia que quatro cargas foram compradas do suposto produtor, totalizando aproximadamente R$ 180 mil.

A Polícia confirmou que a empresa pagou o preço normal de mercado pelas cargas e que, diante da documentação falsa usada pela quadrilha, as compras não se configuraram como receptação, tendo sido a Agro Vieira também vítima do esquema orquestrado pela quadrilha. Os bandidos alegavam ao proprietário do silo que as mercadorias vinham de lavouras de Araucária e do Mato Grosso. Os documentos falsos ratificavam a suposta origem da soja, eliminando qualquer possibilidade de suspeita. Após ser ouvido na Delegacia especializada, o dono da Agro Vieira foi liberado.

“Eles conseguiram uma empresa que falsifica as notas fiscais, isso dá mais credibilidade para o bando conseguir vender as mercadorias roubadas. Nesse caso, eles se passaram por produtores de soja do estado do Mato Grosso e inclusive realizaram contrato futuro com a empresa (de Contenda) para fornecer a soja a ser plantada, a qual deveria ser entregue a partir de abril de 2019”, disse o Delegado Ademair da Cruz Braga Junior, da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas (DFRC).

Quanto aos roubos das cargas, o Delegado explicou que os caminhoneiros eram abordados sempre no mesmo local, durante à noite, e inclusive eram orientados sobre onde encontrar o caminhão novamente depois que os bandidos se desfizessem da carga. Após os motoristas serem rendidos, um dos criminosos assumia a direção do veículo e seguia para Curitiba, estacionando às margens da BR-277. No local, as vítimas eram retiradas dos caminhões e em seguida levadas para uma mata, onde permaneciam por algumas horas. “As vítimas eram abordadas sempre no mesmo local, uma borracharia próxima à praça de pedágio da BR-277, em São José dos Pinhais, enquanto dormiam no interior dos caminhões, carregados com soja. Os bandidos diziam que queriam apenas a carga e indicavam onde os caminhões poderiam ser encontrados, normalmente cerca de 50 quilômetros do local do descarregamento”.

As investigações continuam para identificar os suspeitos e verificar se existem outras possíveis vítimas do golpe. O investigador responsável e também o Delegado da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas se dispõem a esclarecer qualquer dúvida com relação aos fatos e a empresa (s) lesada (s) pelo (41) 3343-1639. A Delegacia recebe denúncias pelo mesmo número fixo.

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Sobre Alexsandro

Idealizador e Jornalista responsável pelo Jornal MARCA.
MTB 9936/PR.

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