Fonte: Tribuna do Paraná
Foto: Gerson Klaina
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã desta terça-feira (21), a segunda fase da Operação Riquixá. A investigação apura fraude no transporte coletivo em licitações em cidades do Paraná. Na primeira fase, 22 pessoas foram denunciadas.
Segundo o Gaeco, 16 mandados de busca e apreensão e ainda dez de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para prestar depoimento) são cumpridos. Donato Gulin, dono da empresa que comanda quase 70% das linhas do transporte coletivo de Curitiba, foi visto logo pela manhã na sede do Gaeco na capital. Ainda não se sabe se o empresário vai ser ouvido ou se foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos patrimônios.
Entre os alvos das buscas, estão um escritório de advocacia, sete empresas e nove casas. Sete mandados de condução coercitiva foram expedidos para pessoas de Curitiba. Na região metropolitana, uma pessoa deve ser ouvida em Campo Largo e outras duas em Guarapuava.
Em julho do ano passado, as 22 pessoas investigadas na primeira fase da operação foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Entre os denunciados estava o ex-prefeito de Guarapuava, Luiz Fernando Ribas Carli, além de donos – um deles da família Gulin – da concessionária que comanda o transporte coletivo em Guarapuava, a Pérola do Oeste.
As investigações começaram em 2013 e indicam que as ações aconteciam desde 2009. Integrantes de uma empresa de engenharia especializada em transporte coletivo, advogados e representantes de empresas de ônibus formaram um grupo criminoso. Os investigados usavam “laranjas” e outros artifícios para ocultar a existência do grupo.
Os investigados teriam remunerado, ilicitamente e com dinheiro público, a organização das fraudes de concorrência. Segundo o Gaeco, eles contratavam componentes do grupo para fazer assessorias simuladas ou substituir comissões de licitação.
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